Ontem, atendendo ao convite de um colega de trabalho, preguei na Igreja
Adventista das Mangueiras, aqui em Tatuí, e falei sobre o encontro de
Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó. Alguns dias atrás,
dei-me conta de que já havia pregado sobre essa mesma passagem bíblica,
ali naquela igreja, e fiquei em dúvida sobre se deveria pregar novamente
a respeito disso ou não. Orei, pedi orientação a Deus e senti que devia
pregar, assim mesmo. Procurei abordar outras facetas do lindo texto de
João 4:1-42, em consideração aos irmãos que já me haviam ouvido falar
sobre isso, e senti a bênção de Deus e a orientação do Espírito Santos
(aliás, esta é uma das sensações mais gratificantes: quando sentimos que
estamos sendo usados pela Divindade).
Ao fim do culto, já à porta me despedindo dos irmãos, uma jovem senhora
me procurou para conversar. Ela me disse que fora a primeira vez que
entrara numa igreja adventista e que a mensagem havia sido para ela,
pois fora casada duas vezes e os casamentos naufragaram. “Sinto-me como a
samaritana; sem esperança”, disse-me, com os olhos úmidos. Ela sentiu
como se o sermão tivesse sido para ela e me preguntou se podia nutrir
esperança; se ela poderia ser feliz algum dia. Conversei um pouco com
ela e soube que ela pertence a uma igreja evangélica tradicional, mas
que está estudando palestras do Pr. Luís Gonçalves baixadas da internet.
Ela me disse que está com muitas dúvidas com respeito à Bíblia e à sua
formação religiosa. “Em minha igreja, disseram-me que a Igreja
Adventista é uma seita, mas estou vendo que não se trata de nada disso”,
contou.
Disse-lhe que certamente Deus tem planos para a vida dela (e o fato de
eu ter sentido que deveria falar sobre aquele assunto, naquela noite,
demonstrava isso). Anotei o endereço do trabalho dela e minha esposa e
eu iremos lá entregar alguns livros e convidá-la para estudar a Bíblia.
Deus seja louvado! Como é bom ver os planos de dEle se cumprindo na vida
das pessoas e em nossa vida. E como é bom ver que, na misericórdia do
Pai, Ele Se utiliza de instrumentos tão falhos e limitados. Os “toques”
de Deus, ainda que subjetivos, são bastante reais na vida dos que os
recebem. Experimente você também!
Michelson Borges