Recentemente,
físicos do laboratório CERN focaram sua pesquisa para o bóson de Higgs,
a partícula que muitos pensam que deu forma ao universo após o Big
Bang, e agora estão restritos a uma faixa estreita do espectro de massa
para tentar encontrá-la. Cientistas estão sugerindo que, se a partícula
não for encontrada até meados de dezembro, provavelmente vai ficar
comprovado que ela não existe, e algum outro mecanismo para explicar como a matéria nasceu no cosmos terá que ser procurado.
GeV, ou giga elétron-volts, é um termo usado na física para quantificar
campos de energia das partículas. A procura por Higgs no Grande Colisor
de Hádrons (LHC) e no Tevatron (agora fechado, no laboratório Fermilab
dos EUA) variou até 476 GeV. A região de maior massa já foi praticamente
descartada, mas o bóson de Higgs ainda poderia estar em qualquer lugar
na faixa entre 114 e 141 GeV. Físicos como o italiano Tomasso Dorigo,
que trabalha com o CERN, agora dizem que, se existir, o Higgs deve ser
encontrado em cerca de 120 GeV, enquanto o pesquisador britânico
independente Philip Gibbs chuta 140 GeV em seu site, vixra.org.
As últimas descobertas sobre a partícula Higgs foram compiladas por duas
equipes de pesquisa, ATLAS e CMS, e ambas estão trabalhando duro para
tentar completar a análise de dados do colisor até o início de dezembro.
O Conselho do CERN se reúne entre 12 de dezembro e 16 de dezembro e
qualquer sinal concreto do Higgs – cuja existência foi postulada há
quatro décadas pelo cientista britânico Peter Higgs – será relatado
durante a sessão.
A faixa de baixa massa, onde os cientistas sempre pensaram que iriam
encontrar a partícula, é também aquela em que seria mais difícil de
encontrá-la. Sendo assim, parece pouco provável que ela seja descoberta
em breve, e pode ser que realmente não exista.
A partícula é parte do modelo padrão da física de partículas que procura
explicar como o universo funciona em seu nível mais básico, mas ela é
quase o único elemento do modelo cuja existência ainda não foi provada. Se não for encontrada, os cientistas precisarão explorar o próximo conjunto de possibilidades para explicar o Universo.
(Hypescience)
