Em
sua segunda edição, a revista Biblioteca Entre Livros (Editora Duetto)
abordou a Bíblia de uma perspectiva literária, reconhecendo, no
editorial, que “grandes escritores sempre beberam nas fontes bíblicas.
Alguns buscaram uma referência de estilo, outros foram atrás de assunto:
a Bíblia tem se revelado uma fonte inesgotável de temas a serem
retrabalhados”. Tirando um e outro detalhe teológico, são textos bem
escritos e que tratam as Sagradas Escrituras de maneira respeitosa.
Chamou-me a atenção, especialmente, o artigo do médico e escritor Moacyr Scliar. Intitulado “O fascinante universo bíblico”, o texto é uma verdadeira “viagem” pelas páginas sagradas, mencionando curiosidades da Bíblia e destacando a essência de alguns de seus livros.
Scliar inicia o texto fazendo o seguinte questionamento: “O que dizer de um livro que está traduzido em 2.167 idiomas e dialetos, que, no último século, teve edições totalizando mais de 2 bilhões de exemplares, está ao alcance de 85% da humanidade e é lido há cerca de 3 mil anos? Que tal coisa não existe, responderia um editor incrédulo (sobretudo um editor brasileiro, acostumado a pequenas tiragens). Mas existe, sim. Esse livro é a Bíblia, que merece, com justiça, o título de maior best-seller de todos os tempos.”
Scliar afirma, ainda, que “podemos ler a Bíblia de diversas maneiras. Em primeiro lugar, podemos ver nela um guia ético-espiritual, uma fonte de disposições e de ensinamentos de caráter fundamental religioso. Em segundo, podemos ler a Bíblia como um documento de caráter histórico, expressão de uma cultura milenar. E, finalmente, podemos ler a Bíblia como um conjunto de textos literários. De qualquer modo… é impressionante a disseminação desses textos. Como se explica que um livro que começou a ser escrito há quase três mil anos, ainda tenha tantos, e às vezes tão importantes leitores? Uma pergunta tanto mais significativa quando se considera que textos envelhecem… A Bíblia é uma exceção. Trata-se de um livro eminentemente legível, mesmo em tradução, e mesmo nos dias atuais, uma fonte de sabedoria e ensinamento até para pessoas não religiosas”.
De fato, esse aspecto da Bíblia é bastante intrigante, se partirmos de uma perspectiva puramente secular: Como pode um livro produzido por um povo quase sempre submetido a outras culturas (egípcia, babilônica, romana) e que não ficou conhecido por grandes realizações literárias e/ou científicas, legar ao mundo uma “biblioteca” capaz de mudar os rumos da História?
Scliar arremata: “Em suma, a Bíblia é um mundo, um universo. Cujos segredos continuamos a desvendar, para nossa iluminação, para nosso encantamento, ou para ambas as coisas.”
Mais do que uma coleção de livros – Portanto, se a Bíblia fosse apenas uma coleção de livros antigos escritos para embevecer os amantes da literatura, já compensaria ser lida. Mas ela é mais do que isso, e as inumeráveis vidas humanas que tocou e tem tocado são prova disso. Diferentemente de qualquer outro livro, a Bíblia não apenas acrescenta conhecimento aos que a leem. Ela tem poder transformador de vidas. Tanto é assim que há quem considere esse – além das profecias cumpridas e do testemunho da arqueologia ¬¬– o maior argumento em favor da singularidade da Palavra de Deus.
Pela leitura atenta das Escrituras assassinos se tornaram bondosos. Viciados alcançaram a liberdade. Maledicentes passaram a usar linguagem pura. Enfim, pessoas cuja vida era voltada para o mal deram uma guinada de 180 graus. Como isso é possível? Simples. O mesmo poder manifestado nas palavras “haja luz” (Gn 1:3) está entranhado nas palavras sagradas. Quando lê as páginas da Bíblia, a pessoa entra em contato com a mente divina que usou autores humanos para transmitir Suas mensagens de amor, esperança e advertência.
A Bíblia é muito mais do que apenas um livro. Mas é preciso ler para crer e ver.
Chamou-me a atenção, especialmente, o artigo do médico e escritor Moacyr Scliar. Intitulado “O fascinante universo bíblico”, o texto é uma verdadeira “viagem” pelas páginas sagradas, mencionando curiosidades da Bíblia e destacando a essência de alguns de seus livros.
Scliar inicia o texto fazendo o seguinte questionamento: “O que dizer de um livro que está traduzido em 2.167 idiomas e dialetos, que, no último século, teve edições totalizando mais de 2 bilhões de exemplares, está ao alcance de 85% da humanidade e é lido há cerca de 3 mil anos? Que tal coisa não existe, responderia um editor incrédulo (sobretudo um editor brasileiro, acostumado a pequenas tiragens). Mas existe, sim. Esse livro é a Bíblia, que merece, com justiça, o título de maior best-seller de todos os tempos.”
Scliar afirma, ainda, que “podemos ler a Bíblia de diversas maneiras. Em primeiro lugar, podemos ver nela um guia ético-espiritual, uma fonte de disposições e de ensinamentos de caráter fundamental religioso. Em segundo, podemos ler a Bíblia como um documento de caráter histórico, expressão de uma cultura milenar. E, finalmente, podemos ler a Bíblia como um conjunto de textos literários. De qualquer modo… é impressionante a disseminação desses textos. Como se explica que um livro que começou a ser escrito há quase três mil anos, ainda tenha tantos, e às vezes tão importantes leitores? Uma pergunta tanto mais significativa quando se considera que textos envelhecem… A Bíblia é uma exceção. Trata-se de um livro eminentemente legível, mesmo em tradução, e mesmo nos dias atuais, uma fonte de sabedoria e ensinamento até para pessoas não religiosas”.
De fato, esse aspecto da Bíblia é bastante intrigante, se partirmos de uma perspectiva puramente secular: Como pode um livro produzido por um povo quase sempre submetido a outras culturas (egípcia, babilônica, romana) e que não ficou conhecido por grandes realizações literárias e/ou científicas, legar ao mundo uma “biblioteca” capaz de mudar os rumos da História?
Scliar arremata: “Em suma, a Bíblia é um mundo, um universo. Cujos segredos continuamos a desvendar, para nossa iluminação, para nosso encantamento, ou para ambas as coisas.”
Mais do que uma coleção de livros – Portanto, se a Bíblia fosse apenas uma coleção de livros antigos escritos para embevecer os amantes da literatura, já compensaria ser lida. Mas ela é mais do que isso, e as inumeráveis vidas humanas que tocou e tem tocado são prova disso. Diferentemente de qualquer outro livro, a Bíblia não apenas acrescenta conhecimento aos que a leem. Ela tem poder transformador de vidas. Tanto é assim que há quem considere esse – além das profecias cumpridas e do testemunho da arqueologia ¬¬– o maior argumento em favor da singularidade da Palavra de Deus.
Pela leitura atenta das Escrituras assassinos se tornaram bondosos. Viciados alcançaram a liberdade. Maledicentes passaram a usar linguagem pura. Enfim, pessoas cuja vida era voltada para o mal deram uma guinada de 180 graus. Como isso é possível? Simples. O mesmo poder manifestado nas palavras “haja luz” (Gn 1:3) está entranhado nas palavras sagradas. Quando lê as páginas da Bíblia, a pessoa entra em contato com a mente divina que usou autores humanos para transmitir Suas mensagens de amor, esperança e advertência.
A Bíblia é muito mais do que apenas um livro. Mas é preciso ler para crer e ver.
Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia
