Muitas
pessoas dizem que é apenas quando tudo vai mal em nossas vidas que nos
lembramos de Deus e nos apegamos a Ele. Infelizmente isso é uma grande
verdade. Quando estamos em meio ao conforto, à estabilidade financeira,
cobertos por planos de saúde e outras regalias, dizemos ser dependentes
de Deus, mas, na verdade, somos dependentes apenas desses recursos, pois
infelizmente nem gratos a Deus nós somos direito. Não sou teóloga,
portanto não sei quão certo meu pensamento está a respeito, mas pensando
neste assunto resolvi criar uma teoria que tem sido muito útil para mim
e que diz, “Deus, às vezes permite que caminhemos e passemos por alguns
desertos para o nosso próprio bem”.
Desertos? Como assim? Os “desertos”
contidos na minha teoria não são literais, aquele local de muita areia e
de um calor causticante, e sim simbólicos. Eles simbolizam cada
situação triste e ruim que passamos na vida.
Enquanto o povo de Israel morava no Egito, apesar de serem escravos, eles usufruíram de algumas coisas que eles com certeza não iriam
ter no deserto, e talvez seja por isso que eles reclamavam tanto. Eles
reclamavam por comida, água e pela falta do conforto do Egito, mas,
apesar de o deserto não oferecer muita coisa, eles nunca ficaram sem a
providência e a companhia do Senhor. Na verdade, aquele tipo de vida só
era possível por causa de Deus e de Suas bênçãos ilimitadas.
Vemos na Bíblia que, nas experiências do
deserto, vez após outra, as pessoas tiveram em Deus o suprimento
suficiente. Foi assim com o povo de Israel, durante os 40 anos que eles
viveram no deserto, na tentação de Cristo no deserto, após 40 dias de
intensa comunhão com o Pai, e até mesmo com Hagar e seu filho quando
eles fugiram para o deserto.
Em nossa vida espiritual, as situações
devem ter apenas dois objetivos distintos. Independente de quão boas ou
ruins sejam as situações devemos ser sempre gratos a Deus e manter o
louvor a Ele em nossos lábios. Mas quando a situação é muito ruim, um
verdadeiro “deserto”, talvez ela esteja acontecendo para nos lembrar do
quanto somos dependentes de Deus e que sem Ele nada seríamos.
Portanto, façamos nossas as palavras escritas pelo apóstolo Paulo em II Coríntios 12:9 e 10. “(…)
me gloriarei nas fraquezas para que sobre mim repouse o poder de
Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo.
Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”
Texto enviado por Isabelle Palma