Há
aproximadamente 25 mil anos [segundo a cronologia evolucionista], seres
humanos entraram em uma caverna no local em que hoje é o sudoeste da
França. As marcas que eles deixaram perduram até hoje [e são muito bem
executadas para meros “homens das cavernas”]. Eles desenharam imagens de
animais nas paredes e no teto da caverna, usando materiais como
varetas, carvão e óxido de ferro. Os leões, mamutes e cavalos malhados
desenhados movimentam-se, pastam e se reúnem em bandos. A arte da
caverna Pech-Merle e de centenas de outras presentes em todo o
continente europeu atualmente representa a evidência de que, muito antes
dos tempos modernos, os seres humanos usavam a criatividade. Mas o que
são exatamente essas pinturas rupestres? Os artistas pré-históricos
[sic] apenas esboçavam a paisagem vista por eles todos os dias? Ou essas
imagens seriam mais simbólicas, divergindo da realidade, ou ainda,
representando criaturas raras ou místicas? Perguntas como essas
dividiram a opinião de arqueólogos durante anos.
Agora, um grupo de cientistas usou técnicas bastante modernas para
ajudar a decifrar o mistério, ao menos em relação aos famosos cavalos
malhados da caverna Pech Merle. Comparando o DNA de cavalos modernos com
os que viveram na Idade da Pedra, os cientistas determinaram que os
desenhos são representações realistas de um animal que coexistiu com os
artistas rupestres. [E por que não chegam à mesma conclusão quando se trata de dinossauros?]
A pesquisa foi publicada online na segunda feira passada, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences,
e originou-se do empenho em identificar as cores da pelagem de cavalos
antigos a fim de descobrir quando esses animais foram domesticados,
momento crucial do desenvolvimento das sociedades humanas. A variedade
de cores observada nas espécies domesticadas é, de modo geral, bem maior
do que nas espécies selvagens. Por isso, compreender a variação de
cores dos fósseis de animais pode ajudar a determinar o período. [...]
Um dos autores do estudo, o biólogo evolutivo Michael Hofreiter, da
Universidade de York, na Inglaterra, afirmou: “A razão do empenho dos
artistas em elaborar essas lindas pinturas será sempre um mistério.
Trata-se de um enigma. Porém, é bom observar que, se retrocedermos 25
mil anos, as pessoas não tinham muita tecnologia e a vida provavelmente
era difícil. Apesar disso, eles já se esforçavam em produzir arte. Isso
diz muito sobre nós enquanto espécie.” [Sim, fala de nossas capacidades
superiores no passado. – MB] [...]
(Info)
Comentário do leitor e colaborador Valter Baiecijo: “Eu sei que a
matéria não trata especificamente disso, mas pensei... Pintei minha
casa há dois anos, e a tinta (que tentei comprar da melhor qualidade
possível) já pede um retoque. Agora, as pinturas dessa caverna têm 25
mil anos (segundo o relógio quebrado deles) e estão em tão bom estado!
Acho que perdemos alguma tecnologia pelo caminho, ou fui enganado na
loja de tintas!”
