Fundado
há pouco mais de um mês, o Clube Criacionista de Campinas, SP, realizou
sua primeira manifestação pública no domingo, 6 de novembro, com a
distribuição de mudas de plantas ornamentais e uma marcha ao redor da
Lagoa do Taquaral, com mais de 165 mil metros quadrados de área. Com
camisetas alusivas ao clube e carregando um globo gigante, os
participantes chamaram a atenção de caminhantes e pessoas que se
exercitavam nessa área de preservação ambiental da cidade. As pessoas
eram abordadas e recebiam a muda de uma planta ornamental natural de
regiões áridas, com grande capacidade de absorção de água. Junto com a
muda, recebiam um folheto com orientações sobre como cuidar da planta e
uma mensagem sobre a origem da vida a partir da criação divina.
“Esta foi a primeira atividade externa do clube, e pretendemos chamar a
atenção da comunidade para uma reflexão sobre nossas origens”, disse
Eliézer Militão, um dos coordenadores da mobilização. Para ele, apesar
da pouca importância que a mídia dedica ao criacionismo, é possível
abordar essa teoria de forma lúdica e levar as pessoas a considerar
sobre a criação do Universo. “Assim como essas plantas, nós não viemos
do acaso; fomos criados por um designer, e esse designer é Deus”,
afirmou.
A bióloga Maiara Lustosa de Oliveira, 22 anos, foi uma das que mais se
envolveram com a campanha. Cursando o mestrado em Biologia Celular
Estrutural, ela defendeu uma popularização da discussão entre as teorias
da evolução e da criação, que divergem sobre a origem da vida.
“Infelizmente, esse tema não é muito debatido, sendo exclusivo de alguns
acadêmicos e estudiosos; acredito que é preciso expandir as discussões a
respeito. Por isso que envolvemos diversas pessoas, de diversas áreas,
para realizar atividades que permitam uma maior interação sobre o
assunto”, declarou.
Atualmente, cerca de 60 pessoas participam do Clube Criacionista de Campinas.
Antes da primeira manifestação, os participantes realizaram discussões a
partir de um estudo de dez lições, baseado no livro bíblico de Gênesis.
“Pretendemos realizar outras atividades, como caminhadas e observações
dos astros”, declarou Militão. O grupo também pretende fazer uso das
mídias sociais e realizar outros atos em lugares públicos.
(Heron Santana, Associação Paulistana Central da IASD)


