Estudos
sobre como as células reparam DNA danificado descobriram uma nova
classe de enzimas reparadoras na superfamília uracila-dna glicosilase
(UDG). O DNA é uma cadeia de uma longa molécula composta de quatro
blocos de construção: A para adenina, T de timina, G para guanina e C
para citosina. A hereditariedade de todos os organismos é determinada
pelo pareamento de A com T e G com C. O DNA é constantemente agredido
por várias tensões. Um tipo comum de dano é a modificação de três dos
quatro blocos de construção do código genético, A, G, C, por um processo
químico chamado desaminação. A consequência genética da desaminação é a
mudança do pareamento do código genético. Por exemplo, a desaminação de
C (citosina) vai gerar U (uracila). Ao invés de emparelhar com G como C
fazia, U fará par com A. Ao fazer isso, a desaminação muda o programa genético no interior da célula e pode causar mutações perigosas, resultando em doenças.
Para garantir a integridade do material genético, as células são
equipadas com um “kit de ferramentas moleculares” que reparam os danos
ao DNA. O kit é composto por uma variedade de moléculas diferentes –
chamadas enzimas – que evoluem [?] para reparar os diferentes tipos de
danos. Uma dessas enzimas é chamada de uracila-dna glocosilase (UDG).
Como o próprio nome indica, ela é tradicionalmente conhecida como uma
enzima que remove a uracila do DNA. Pela desaminação de C ser um tipo
muito comum de dano encontrado no DNA, a UDG foi encontrada em muitos
organismos e os pesquisadores as agruparam em cinco famílias, na chamada
superfamília UDG.
Em um trabalho mais recente, pesquisadores descobriram uma nova classe
de enzimas nessa superfamília que não tem a capacidade de reparar a
uracila. O estudo mostrou que essa classe de enzimas, ao invés disso,
está envolvida no reparo de desaminação de um diferente bloco de
construção, a adenina. Surpresa, porque até então todas as enzimas UDG
conhecidas eram capazes de reparar uracila.
Para entender como essa nova classe de enzimas funciona como uma
ferramenta de reparação, os cientistas combinaram métodos computacionais
e bioquímicos para identificar a parte pela qual a máquina de reparo é
responsável.
Com esse trabalho, os pesquisadores aprenderam que os kits de
ferramentas de reparo do DNA têm uma incrível capacidade [mas põe
incrível nisso!] de evoluir funções [sic] para diferentes tipos de
danos. Além disso, a pesquisa demonstra como as abordagens diferentes,
unindo as áreas de computação e bioquímica, contribuem para novas
descobertas. Esses esforços podem aumentar consideravelmente a
eficiência da descoberta científica, bem como dar respostas mais
aprofundadas para questões muito importantes. [O problema é o exagero do
uso da computação que depende da alimentação de dados. Dependendo das
premissas que são usadas para interpretar esses dados, os resultados
dessas simulações computacionais podem passar bem longe da realidade.]
(Hypescience)
Nota: A mudança genética causada pela desaminação mostra pelo
menos duas coisas: (1) o código genético é originalmente perfeito (tanto
quanto possível num mundo de pecado) e (2) mutações são quase sempre
deletérias e perigosas. Para conter o desastre genético, o organismo
conta com um dispositivo especificamente desenhado para essa função – e
tinha que contar com isso desde que o pecado começou a existir neste
planeta, ou, do contrário, todos os seres vivos seriam, hoje, aberrações
ou nem mesmo estariam aqui para contar a história da vida. Você acha
sinceramente que um “kit de ferramentas moleculares” tão eficiente
poderia ser fruto do acaso cego e de mutações aleatórias? Ou seria mais
bem descrito como um sistema inteligentemente desenhado, fruto da
misericórdia de Deus?[MB]
