Antes
de Sua ascensão, Jesus concedeu aos discípulos Sua grande promessa que
dentro de poucos dias eles seriam batizados pelo Espírito Santo. Tal
promessa se cumpriu quando “eles ficaram cheios do Espírito Santo” (At
2:8). Mas o que inclui o “estar cheio do Espírito santo?” O batismo
havia sido prometido pelo Mestre, porém, sua plenitude dependeria do
recebedor. Viver na plenitude do Espírito é uma atitude diária, mas
a busca pelo poder de hoje não é garantia de vitória amanhã. Portanto,
quando não buscamos a plenitude do Espírito todos os dias para nossa
vida, ficamos vulneráveis ao poder do maligno e poderemos perder essa
plenitude.
Na Bíblia,
em Efésios 4:30 Paulo nos aconselha a não entristecermos o Espírito
Santo. Entristecemos o Espírito a cada oportunidade que temos para
vencer o pecado e não o fazemos. Quando isso acontece à plenitude que
havia no ser é perdida, não por que o Espírito nos tenha abandonado, mas
por nossa recusa de libertação nos distanciamos da influência do Seu
poder. Entretanto, uma vez perdida a conexão, a mesma pode ser
recuperada se verdadeiramente o arrependimento brotar no coração.
Para confirmarmos que pessoas podem ser
“cheias do Espírito”, ou seja, viver em Sua plenitude, a bíblia afirma
em Atos 6:3 que eles deveriam escolher alguns homens para o diaconato,
no entanto, eles teriam que ser de boa reputação, mas, também “cheios do
Espírito”. No verso 5 do capítulo 6 nos é mencionado que Estevão e
outros foram encontrados “cheios do Espírito”. No capítulo 11 e nos
versos 23 e 24 encontramos Barnabé, homem bom e “cheio do Espírito”. Se
havia necessidade de escolher varões “cheios do Espírito”, isso nos
indica que existiam outros homens naquele tempo que não viviam na
plenitude do Espírito.
O próprio Cristo vivia “cheio do
Espírito”, Lucas 4:1 diz que “Jesus, pois, cheio do Espírito Santo”.
Jesus mantinha sua alma sempre na plenitude do Espírito, e isso só era
possível pela comunhão que Ele todos os dias mantinha com o Pai. Se nós
também quisermos viver essa plenitude em nossa vida, se torna necessário
sermos como Cristo em nossa comunhão. É mister um aumento da nossa fé,
de maneira que nosso conhecimento a respeito desse assunto cresça, e
assim tomemos posse de maiores partes da grandeza e do poder de Deus
através do seu Espírito sobre nós.
André Fernandes da Silva, estudante do curso de Teologia
