sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PROVAÇÕES

O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor. Prov. 17:3.
Heleninha descansou”, a voz da minha esposa anunciando a notícia estava cheia de pesar. Eu conhecia bem a Heleninha. Uma das últimas vezes que me acompanhara em público foi no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre, onde cantou para mais de quarenta mil pessoas. Cantava com o coração e com a vida, mais do que com a voz, embora tivesse uma voz muito bonita.
Conversei pela primeira vez com ela quando acabara de perder o esposo num trágico acidente, no mar. A família reunida, feliz, passava um dia na praia quando o esposo caiu de uma rocha. Foi levado por uma onda e ninguém pôde fazer nada para salvá-lo.
Tinham três filhos lindos. Heleninha depositou toda sua confiança em Deus e encarou o desafio de ser pai e mãe para os seus meninos. Pouco tempo depois, foi surpreendida por outra notícia triste. Os médicos lhe diagnosticaram câncer.
“Só quero ver os meus filhos crescerem”, me disse um dia, atrás do palco, enquanto nos preparávamos para apresentar a mensagem de Deus a uma multidão reunida no Palácio de Cristal, em Curitiba.
Três vezes esteve à beira da morte nos longos anos em que lutou heroicamente contra a adversidade. Mãe extraordinária, mulher de Deus, aguerrida, destemida, nunca deixou que o desânimo tomasse conta de seu coração. Sempre tinha uma palavra de ânimo para as pessoas. Cantou em meio à dor física. A última vez que me acompanhou, a vi sentada, cansada, mas disposta a entrar no palco. As últimas palavras que disse naquele dia me emocionaram: “Foi na dor e nas provações que o Senhor me fez crescer.”
Hoje, chegou ao fim sua provação. Descansou em Jesus. Fechou os olhos na bendita esperança de ver Jesus voltando e de cantar um cântico novo.
Esta é a mensagem de hoje. “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro”; mas as provações da vida chegam para aperfeiçoar o caráter. Ninguém que conheceu Heleninha de perto jamais ouviu uma palavra de queixa. Viveu agradecida a Deus em meio à dor. Lutou, esperou e dedicou a voz a cantar louvores a Jesus até o último momento de sua vida.
Inspire-se no testemunho dessa mulher, e lembre-se: “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor.” Prov. 17:3.

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A RECOMPENSA DOS HUMILDES

Porque o Senhor Se agrada do Seu povo
e de salvação adorna os humildes. Sal. 149:4.
Dois homens entram no templo para adorar. Aparentemente ambos vão adorar o mesmo Deus. Mas há uma grande diferença. O centro da adoração do primeiro está dentro dele. Para o outro, o objeto de sua adoração está fora. Um deles acha-se digno, merecedor. Traz como oferta seu bom comportamento, sua conduta impecável, suas obras de “amor”. O segundo sente-se indigno e vai ao templo para reconhecer que é um pobre pecador e não merece nada.
Jesus contou esta parábola. O primeiro homem era o fariseu; o segundo, o publicano. Deus exaltou o último e rejeitou o primeiro. E, com esta parábola, Ele registrou para sempre a idéia central do evangelho: a salvação não é algo que você conquista com seus esforços. É um dom que Deus dá imerecidamente, por amor.
A teologia da salvação corre cristalina ao longo de toda a Bíblia. Desde o Gênesis, quando um cordeiro foi sacrificado para salvar Adão e Eva, até o Apocalipse, que termina com um convite para beber da água da vida gratuitamente, os escritores bíblicos sempre enfatizaram que a salvação é imerecida. Temos acesso a ela unicamente mediante a graça do Senhor Jesus Cristo.
No verso de hoje, o salmista fala da salvação. Ele afirma que a salvação é uma espécie de coroa que adorna os humildes. A palavra humildade, em hebraico anaw, literalmente quer dizer os pobres e necessitados. Aqueles que não têm nada, e só podem receber alguma coisa por misericórdia. Isto não tem nada que ver com o orgulho. Existem ricos humildes e pobres orgulhosos.
A salvação é o princípio da felicidade. Ninguém pode ser feliz carregando a permanente sensação de estar perdido. Como ter paz nessa situação? Como dormir tranqüilo? Como amar? A vida autêntica começa quando o perdido é achado.
Vá a Deus hoje. Mas vá em atitude humilde. Reconheça que você não é digno. Seus erros e pecados o tornaram merecedor da morte. Mas Jesus, com Sua morte, entregou a vida. Você nem eu jamais poderemos agradecer por isso: “Porque o Senhor Se agrada do Seu povo e de salvação adorna os humildes.”

A TOLICE DO PECADO

Mas o que peca contra Mim violenta a própria alma. Todos os que Me aborrecem amam a morte. Prov. 8:36.
A palavra pecado soa agressiva para o homem moderno. Ele prefere chamá-lo de fraqueza, debilidade ou desvio. Mas Deus chama o pecado de pecado. Não há alternativa. O verso de hoje ensina que, embora o pecado seja uma atitude contra Deus, a realidade é que a maior vítima é o próprio pecador, porque “violenta a sua alma”, afirma Salomão.
É impressionante a miopia espiritual do ser humano. Peca porque quer ser feliz e, no entanto, erra o alvo e acaba sendo infeliz. Busca o prazer e encontra a dor, procura a realização, mas “violenta a sua alma”. Corre atrás de miragens e acaba perdido no deserto desta vida. Não encontra paz. Sofre, tortura-se e envelhece sem achar o que busca. Segundo o texto de hoje, quem destrói a alma do pecador não é o diabo, nem o pecado, mas ele mesmo. Nada acontece sem o consentimento humano. O inimigo pode usar os argumentos mais fascinantes, prometer o que quiser, mas não pode obrigá-lo a pecar. Se o homem peca é porque aceita fazê-lo. Nalgum momento do processo da tentação decide entregar a sua vontade ao controle do inimigo.
A única segurança para o ser humano é entregar a vontade a Jesus, buscá-Lo todos os dias e depender constantemente dEle. Quem não fizer isso, “ama a morte”, diz Salomão. Este amar não é no verdadeiro sentido da palavra. Ninguém ama a morte de fato, mas esse é o efeito. Porque o resultado de viver sem Cristo e andar no caminho errado é a morte eterna.
Você precisa ser feliz. A única maneira de ser feliz é fazer felizes as pessoas que você ama, criando um clima de compreensão, perdão e aceitação que só as pessoas que têm paz podem fazer.
Vá hoje mais uma vez a Jesus. Peça dEle sabedoria para decidir, para sair e para entrar. Tenha certeza de que sua vida nada mais é do que o desenvolvimento da vontade divina. Submeta-se a Jesus e lembre-se do que Ele disse: “O que peca contra Mim violenta a própria alma. Todos os que Me aborrecem amam a morte.”

NA CAVERNA DA VIDA

Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem. Sal. 142:7.
A paciente não deixou o médico falar e disse: “O meu problema não está no corpo, está na alma. Sou uma mulher vazia. Algo está errado dentro de mim. O que a ciência pode fazer?”
Existem enfermidades psicossomáticas que destroem a vida. As raízes do mal estão na alma, mas os efeitos são físicos. Nenhum exame médico é capaz de detectar a causa, e o corpo vai definhando aos poucos.
No verso de hoje, o salmista fala desse tipo de mal: “Tira a minha alma do cárcere”, suplica.
A introdução desse salmo diz: “Salmo didático de Davi. Oração que fez quando estava na caverna.” Existem duas ocasiões em que Davi esteve numa caverna: quando fugiu dos filisteus e se escondeu na caverna de Adulão, e quando teve a oportunidade de acabar com a vida de Saul, na caverna de En-Gedi. Os eruditos não definem em qual das cavernas foi escrito esse salmo; mas seja qual tenha sido, metaforicamente o salmista encontrava-se na caverna da vida – nesses momentos em que as sombras das dificuldades não permitem enxergar um palmo à frente.
Davi deixa claro que, se Deus o libertar do cárcere da depressão em que se encontra, ele enaltecerá o nome do Senhor e os justos o rodearão como se fossem uma coroa de vitória na sua cabeça. Essa é a vida que Deus quer que você viva.
A mulher que entrou no consultório médico foi aconselhada a permitir que Deus a libertasse de sentimentos negativos que estavam envenenando o seu coração. Ódio, rancor, desejo de vingança. Aquela mulher tinha motivos de sobra para abrigar esses sentimentos, mas eles tinham se tornado um cárcere para sua alma. Quando ela trocou esses sentimentos pelo desejo de perdoar, compreender e amar, tudo mudou na sua atribulada vida.
Alguma vez você sentiu-se prisioneiro de sentimentos negativos? Enquanto aceitar essa situação, não terá condições de ver as coisas belas da vida, nem desfrutará os momentos felizes que as pessoas amadas lhe proporcionam.
Na escuridão da caverna só existe solidão, egoísmo, tristeza e lamúrias. Por isso, clame como Davi: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem”.

DEUS SE AGRADA

Agrada-Se o Senhor dos que O temem e
dos que esperam na Sua misericórdia. Sal. 147:11.
A comissária de bordo que me recebeu no vôo 8881, de La Paz para São Paulo, perguntou-me com timidez : “O senhor é o Pastor Bullón?” O brilho dos seus olhos negros e o sorriso do seu rosto moreno expressavam uma emoção especial. Tinha lido meu livro O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, e no momento estava experimentando uma luta entre sua mente, que aceitava as verdades bíblicas, e seu coração, que tremia.
“Deus já fez tanta coisa por mim”, ela disse. “Mas vejo tantas dificuldades na minha frente que tenho medo de decidir.”
Cristiane estava passando pelo processo doloroso do crescimento. Crescer não é fácil, porque significa aprender a navegar rumo ao porto seguro através de um mar de constantes mudanças e paisagens diferentes. Crescer é adentrar cada dia num mundo desconhecido. E isso provoca medo, porque você vive uma realidade que foi construída de imagens e experiências, algumas criadas por você mesmo, e outras emprestadas do mundo que o rodeia.
Quando essa realidade é apenas humana e limitada aos valores da Terra, você não sente segurança. Vive, mas sempre há uma sensação inconsciente de vazio. Até que um dia você se depara com a Palavra de Deus, cujos valores são absolutos e concretos, porque vêm de um Deus eterno e absoluto. No entanto, esses valores nem sempre combinam com a fragilidade de sua realidade humana. O resultado é medo, dúvida e indecisão.
Mas Cristiane é sincera, honesta e sonhadora. Sonha com a realidade de uma vida plena. Sabe que a plenitude não pode ser o fruto de seu esforço humano e, por isso, busca a Deus. A emoção de encontrar-me no avião, inesperadamente, nascia do fato de querer que um dia, de alguma maneira, Deus lhe dissesse. “Filha, vá em frente. Não tenha medo. Só em Mim e na Minha Palavra sua realidade terá as cores do arco-íris, a beleza do amanhecer e a permanência da montanha.”
Cristiane, não sei se tornarei a vê-la nesta vida, mas a você e a todos os que como você buscam com sinceridade a Jesus, quero lembrá-los de que: “Agrada-Se o Senhor dos que O temem e dos que esperam na Sua misericórdia.”